Oiiiiiii!!
Sou uma mistura de raças, a diversidade em pessoa, rsrsrs... e, para quem tem em suas origens um pouquinho do sangue português (eu tenho!) é tradição se deliciar com uma fatia de Bolo de Reis e ficar na torcida para achar o presentinho da sorte dentro dele. Meu pai, descendente de portugueses nos ensinou a respeitar as tradições da terra natal dos meus avós e hoje pela primeira vez, vou encaminhar o meu filho Rafael no respeito ao Sagrado, à tradição e cultura portuguesa (dos doces, é claro!).
Desde pequeno o meu bonitão está inserido na diversidade, pois, ele é fruto de diferentes etnias (portuguesa, italiana, africana e japonesa) além do forte convívio com alemães/austríacos (primos). Assim, através da comida (um dos grandes prazeres da humanidade), as histórias vão sendo contadas e as tradições resgatadas em nossa família.
No Natal não pode faltar a Pastiera di Grano (Itália), o Bacalhau ao Pipa e Rabanadas (Portugal). Na virada do Ano Novo apreciamos a Lentilha e o Capeleti in Brodo (Itália), a Romã e a Uva (Portugal) e amanhecemos no primeiro dia do ano novo (GANJITSU) comendo o Ozoni (Japão). Pena que a tradição engorda, rsrsrs...
Então, em respeito às tradições que constituem a nossa história, trago um pouquinho da origem e do simbolismo do Bolo de Reis para você, amiga(o) querida(o).
Vamos lá:
A ORIGEM E O SIMBOLISMO DO BOLO DE REIS
Origem:
Ele chegou ao Brasil de Portugal - com mais de 100 anos de atraso - mas sua receita carrega muito da tradição francesa, que também guarda seus mistérios para o dia 6 de janeiro.
Com mais de 100 anos de atraso em relação a Portugal, o Brasil adotou a tradição do Bolo Rei. Em muitas casas do país, esse doce rico é a estrela da festa de 6 de janeiro, quando os cristãos celebram a adoração do menino Jesus pelos Reis Magos. Os brasileiros já o saboreiam no Natal, seguindo a mesma tendência portuguesa de ampliar seu período de consumo.
O Bolo do Dia de Reis, como era chamado antigamente, leva frutas cristalizadas, uvas passas, nozes, amêndoas picadas e dois mimos: uma fava e um presente. Ambos portam presságios ingênuos - e não são para comer. Quem receber a fava na sua fatia de bolo, terá sorte no ano e pagará o Bolo Rei do próximo dia 6 de janeiro. Quanto ao presente, habitualmente um rei ou uma rainha de louça, trará riqueza a quem o encontrar. Caso seja uma aliança, a pessoa casará brevemente.
O Bolo Rei é inspirado na Galette des Rois, o Bolo do dia de Reis dos franceses. Chegou a Portugal no final do século 19, por meio da região da Estremadura. Mas foi popularizado pelas doceiras de Lisboa e Porto.
Na capital de Portugal, começou a ser preparado pela Confeitaria Nacional, que ainda funciona na Praça da Figueira, número 18B. A tradição aportou no Brasil com imigrantes portugueses. Em São Paulo, confeitarias vendem Bolo Rei para ser saboreado no Natal e Dia de Reis. A receita é a mesma de Portugal. O bolo tem massa levedada e na França, geralmente é folhada.
A Galette des Rois também oculta simbolismos. Mas são ligeiramente diferentes dos que contém o Bolo Rei. Antigamente, na Galette des Rois havia uma fava. Hoje, esconde apenas um boneco de louça. Quem o receber será o rei da festa. Terá o honroso direito de comer a sua fatia usando uma coroa na cabeça.
Os franceses levam a sério essa tradição. Formaram até um clube de colecionadores de favas, com aproximadamente 2.500 sócios.
Simbologia:
Por detrás do bolo-rei está toda uma simbologia com 2000 anos de existência. De uma forma muito resumida, pode dizer-se que esta doce iguaria representa os presentes que os três Reis Magos deram ao Menino Jesus quando do seu nascimento. Assim, a côdea (massa) simboliza o ouro; as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra; e o aroma do bolo assinala o incenso.
Ainda na base do imaginário, também a fava tem a sua "explicação". Reza a lenda que, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o Menino. Com vista a acabar com aquela discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no seu interior uma fava. O Rei Mago a quem calhasse a fatia de bolo contendo a fava seria o primeiro a entregar o presente. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba se foi Gaspar, Baltazar ou Belchior o feliz contemplado.
É isso aí, agora vou ao supermercado comprar alguns ingredientes e algum mimo que não derreta (no lugar da fava e do bonequinho de porcelana) para fazer o meu.
Retirado dos sites:
http://www.ofner.com.br/
http://dn.sapo.pt/
http://www.nestle.com.br
Bolo dos Reis
Bolo com LEITE MOÇA®, frutas cristalizadas, uvas passas e castanhas coberto com glacê.
Ingredientes:
Massa
• 200 g de manteiga em temperatura ambiente
• 1 xícara (chá) de açúcar mascavo
• 4 ovos
• 1 lata de Leite MOÇA® Tradicional
• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
• 1 colher (sopa) de fermento químico em pó
• 1 xícara (chá) de fruta cristalizada
• 1 xícara (chá) de uva passa preta sem semente e castanhas a gosto
Glacê
• 2 xícaras e meia (chá) de açúcar de confeiteiro
• 2 colheres (sopa) de leite quente
• 2 colheres (sopa) de suco de limão
Modo de Preparo
Massa:
Bata a manteiga na batedeira até virar um creme. Adicione o açúcar mascavo e junte as gemas uma a uma, batendo sempre até que fiquem bem incorporadas à massa. Acrescente o LEITE MOÇA® em fio, sem parar de bater. Desligue a batedeira e misture a farinha de trigo peneirada junto com o fermento, as frutas cristalizadas, as passas e as castanhas. Por último, incorpore delicadamente as claras em neve. Asse em fôrma grande com furo central (25cm de diâmetro), em forno médio (180ºC), preaquecido, por cerca de 1 hora. Desenforme o bolo ainda quente.
Glacê:
Misture os ingredientes e despeje sobre o bolo. Decore com cerejas e folhinhas feitas com figo ou limão cristalizado.
Faz Bem Saber:
As frutas secas e as frutas cristalizadas são uma opção para quem precisa fazer um lanche rápido, prático e nutritivo. Mas é bom saber que as frutas cristalizadas possuem valor energético maior, devido à adição de açúcar durante sua produção.
APRECIE COM MODERAÇÃO!!!
Beijão.
OBS: Este não é um Blog de culinária, é apenas um espaço para falar das nuanças da minha vida.