quinta-feira, 20 de março de 2014

E O CORAÇÃO...

Olá!

As coisas estão caminhando no ritmo certo. A alimentação está correta e dentro daquilo que me permito comer. Tenho caminhado/trotado na esteira e dançado em frente a TV todos os dias.

Na segunda-feira a minha oncologista ligou para me avisar que o plano de saúde havia liberado o transplante de medula óssea autólogo. Finalmente!

Esclarecendo algumas perguntas, não, eu não estou mais com o câncer do tipo Linfoma. O procedimento será realizado para que ele não volte mais. Quem me acompanha sabe que há dois anos atrás eu tive a doença e me livrei dela num árduo tratamento, porém, o último exame de controle apontou uma recidiva e lá fui eu novamente me tratar. O tratamento foi um sucesso, mas para eu não correr mais riscos, meus médicos indicaram o transplante autólogo, pois, a minha medula não foi infectada e não há necessidade de doador compatível.

Estou tranquila com o procedimento porque acredito na competências dos meus médicos terrestres e principalmente, no Médico dos Médicos que nunca me desamparou. No entanto, o coração está pequeno, pois, ficarei isolada do mundo e não verei o meu filho e marido nos próximos 25 dias...

É a primeira vez que ficarei longe do meu bonitão e nem mesmo na UTI (há dois anos atrás) deixei de vê-lo todos os dias. Sei que esse isolamento vai garantir que eu o veja crescer, mas sou mãe e o coração está pequeno, murchinho só em pensar na ausência do meu amor maior...

Vou pensar positivo e focar na cura definitiva (Uhu!!!) e no emagrecimento (lucro!!), rsrsrs... porque um mês inteiro dentro de um hospital, com a alimentação divina que eles servem, resultará na eliminação de vários quilos, rsrsrs...  

Levarei o Note para o hospital e pretendo, na medida do possível, acompanhá-las.

Enquanto não chega a sexta-feira e a internação, vamos decorar a casa para receber Jesus, afinal, Páscoa é renovação e tempo de agradecimento. 

Beijão.



quinta-feira, 13 de março de 2014

UM DIA DE CADA VEZ

Oie!

Hoje eu acordei com uma imensa agonia, um aperto no peito e uma vontade louca de chorar. Bem sei que essas sensações desagradáveis são fruto da espera do transplante, da liberação do meu convênio médico. Não tenho mais o câncer e isso me dá uma certa tranquilidade, porém, eu quero voltar pra lida, voltar pra vida plena e satisfazer minhas vontades e desejos. Enquanto isso não acontece a vida fica em suspenso...

O meu plano de ação contra as incertezas e medos foi dançar, dançar muito durante uma hora. Zapeando os canais da TV passei pelo MSH e parei para ver um clip, Don' t you  worry child do Swedish House Mafia, então, pulei da cama, calcei o tênis e dancei uma hora inteirinha, alucinadamente, sentindo o suor levar embora todos os sentimentos ruins. E agora estou muito bem e novamente feliz.

Mas isso foi apenas o aquecimento porque q noite eu subirei na esteira e só descerei de lá depois de completar os meus 5 KM de caminhada e trote. Sim, eu estou recomeçando do zero. 

A minha alimentação está meio louca desde que cortei todos os carboidratos. Não, eu não estou fazendo a Dukan e tampouco a Atkins, esta foi uma opção emergencial, uma decisão tomada depois do último PCT (escaneamento do corpo para monitorar possíveis focos cancerígenos) e da conversa esclarecedora com o médico responsável pelo exame. Perguntei a ele sobre a necessidade de excluir os carboidratos para o preparo do exame e ele, na maior tranquilidade me disse que o açúcar é o responsável, o combustível que alimenta o câncer, pois, este não sobrevive em um ambiente alcalino. Então, decidi eliminar temporariamente os carboidratos da minha RA, até que o transplante seja realizado. 

Por esta boca só tem entrado vegetais com baixo carboidrato (5%) e carnes magras. É lógico, que uma vez ou outra eu como um brigadeiro ou algo deliciosamente perigoso, mas isso é eventual, em um mês jaquei duas vezes. O objetivo não é emagrecer, mas a boa e bela consequência de tanta determinação foi sair da perigosa casa dos noventa. UHU!! Conta uma vitória!!

Ontem eu resolvi me propor pequenos desafios e a cada 5 quilos eliminados com saúde e exercícios, me darei pequenos mimos.

Vamos lá:

1. Ray-Ban com aro dourado e lentes âmbar. Eu tenho um aviador preto que ganhei da maridão, mas sou loira, muito branquela e me sinto uma abelha com aquele trem escuro nos olhos.


2. Caça Levi's com stretch. Acho que com 10 quilos a menos (saindo da casa dos 80 quilos) poderei usar uma calça legal, não é?! Até lá vou usando aquelas que servem e se precisar as amarrarei com barbante pra não caírem porque não tenho um número alternativo no guarda-roupa, por aqui ou é numeração de gorda ou de magra, rsrsrs...



3. Na segunda metade do ano terei um casamento no período da manhã e eu pretendo usar um vestidinho pin up por ter eliminado 15 quilinhos. Que felicidade!


4. Estou louca pelo Boost da Adidas e se for amarelão assim, vou amar! Este seria o meu primeiro objeto de desejo, mas eu acabei de ganhar um Asics Nimbus rosa fosforescente (detesto rosa!!) do meu marido, então, vamos com calma, rsrsrs...


5. Se conseguir cumprir com os meus objetivos até aqui, me darei um presentão e, para ser sincera, terei que pedir ajuda ao marido, pois, com o salário de professora vai ser difícil, rsrsrs... Cèline, como eu te quero!!!!


Será que eu conseguirei?! Baby, eu lutei e eliminei  o câncer duas vezes, então, eu posso tudo!!
Até amanhã.
Beijão.

sexta-feira, 7 de março de 2014

SIM, EU ESTOU VIVA!!

Olá!

Como diz o título da postagem - "SIM, EU ESTOU VIVA!!

Sumi porque precisei cuidar da vida e isto significou idas e vindas do hospital, sessões intensas de quimioterapia, injeções e mais injeções de Granulokine para aumentar a imunidade, períodos de reclusão, uma careca brilhando, olhar sem cílios e sobrancelhas, enfim, estive fora do ar para exterminar o câncer linfático que resolveu dar as caras novamente. Foi um susto imenso, momentos que passei com o coração apertado e a vida entregue nas mãos do Pai.

Sobrevivi e descobri que sou mais forte do que pensava. O câncer Linfoma Não Hodgkins de grandes células B foi exterminado e embora ainda tenha que enfrentar um transplante de medula óssea, do tipo autólogo, para que o danado nunca mais volte, estou bem, viva e feliz.

Envelheci 10 anos em 6 meses, engordei e cheguei aos 94 quilos, mas por incrível que pareça me sinto bem, me sinto forte, mais forte do que nunca e com um brilho no olhar que me fascina. Resultado de tudo o que vivi e vi naqueles dias em um leito de hospital. Sou feliz, estou muito feliz!!

De lá pra cá emagreci 5 quilos,  calço o meu par de tênis e subo na esteira diariamente enquanto não posso voltar pra pista e, aos poucos, vou retornando à rotina. 

O que aprendi com os percalços? Que a força interior aliada com a Divindade produz milagres, que aquela frase "Força, foco e fé" tem o poder de mudar/reverter qualquer situação, que a vida é efêmera demais para deixarmos as coisas para o amanhã. 

Hoje estou mais tranquila e certa daquilo que eu quero. Sei que tenho força para modificar o que me entristece e peço a Deus tolerância e paciência para suportar tudo que não posso modificar. E assim tem sido os meus dias...

Hoje estou melhor que ontem, amanhã estarei bem melhor que hoje e com certeza, infinitamente melhor daqui a um ano. Este é o meu lema, este é o meu mantra!

Aprendi que não posso viver pensando no futuro porque ele é incerto, mas que o meu futuro pode ser construído um pouquinho a cada dia, em todos os setores da minha vida. 

Como diz a Milena do http://futilidadeseutilidadesfemininas.blogspot.com.br/:  "Daqui a um ano você vai desejar ter começado hoje."

Então, embora começar?!
Beijão.


Pronta para substituir o Tás, rssrs...