terça-feira, 17 de maio de 2011

DOCINHO DO PAPAI

Oiiiii!!

Ando meio abobada esses dias, tenho lido mais do que nunca e quando sobra um tempinho, leio mais um pouquinho (aff, rimou!). Como vocês devem ter percebido (atualmente, só a Beth tem deixado recados, embora o contador diga o contrário com relação as visitas) meus últimos posts vem sempre com poemas e, acho que tem uma razão: Saudades do Papai.
Pedaço de mim, meu esteio, meu alicerce, meu amigo, meu MELHOR AMIGO! Há quatro anos que não o tenho aqui, fisicamente. Há quatro anos sem seus abraços e sem suas palavras de carinho... Meu grande incentivador, meu Mestre, quanta saudade...
Quem leu o meu primeiro post, sabe que o meu amor pela leitura partiu dele, do seu amor pelos livros e, toda vez que sinto sua falta, mergulho ainda mais nas histórias, contos, documentário, narrativas e afins,  na tentativa de me aproximar dele. É,  meu caso é de psiquiatria.
Nesse último final de semana  senti ainda mais sua falta, pois, pediram-me que fizesse um dos seus doces prediletos. Um doce com cara de vovó, mas que para mim será sempre e para sempre o Doce do Papai.
Confesso que foi dolorido, pois, desde a sua partida eu não tive mais vontade e incentivo para fazer as guloseimas que ele tanto gostava. Durante o feitio, orei muito para não passar a minha solidão, tristeza e a dor da ausência, porque comida é reflexo da alma e por isso devemos emanar boas vibrações.
Todos comeram e repetiram, embora para mim tenha ficado apenas o sabor amargo da saudade.



DOCINHO DO PAPAI


A base é de doce de abacaxi com coco, coberto com mousse de coco. Tão simples, tão prosaico e que ele adorava!



Podia ter decorado, afinal, um certo glamour nunca é demais e quem comeu, merecia este carinho. Mas por enquanto, a realização já foi uma terapia, a terapia do desapego, de quem divide segredos e memórias da sua vida.
É isso, pura saudade...


Papai, eu te amo!!

"E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor,
E a outra metade...
também." (Oswaldo Montenegro)

Beijão.
PAPAI E EU



3 comentários:

  1. Ai... imagino como deve ter sido difícil. Mas você conseguiu. E não passou saudade, tristeza não, passou amor.
    Há comidas que faço pensando no irmão mais novo, que partiu aos 27 anos, faz tempo, em 1990 e que era o meu 'degustador' de honra. Quando eu falava que tinha vontade de testar uma nova receita, ele logo se voluntariava, era um apreciador do que eu fazia. Na véspera da sua passagem, prometi a ele que no dia seguinte faria um strogonoff de frango, que ele adorava. Não cheguei a fazer, ele não chegou a comer... e sempre lembro disso, mas me apego mais à lembrança boa da sua satisfação com tudo que ele conseguiu saborear...
    Há pratos que me lembram da mamãe, pois ela que os fazia melhor que eu, embora ela não fosse muito de cozinha, mas algumas coisas ela fazia muito bem e quando faço, recordo... e é assim, comida sempre tem tb a ver com alguém...
    Beijos amore!

    ResponderExcluir
  2. Ai, querida! Que dor tão sua, não é??? Lembre-se de seu pai todos os dias, mas tente lembrar dele, sorrindo pra ele, mandando-lhe todo o seu amor. A morte é algo difícil, eu sei. E a saudade mais ainda, mas seu pai está num bom lugar, porque com certeza foi uma boa pessoa, ainda mais tendo gerado filha tão doce, que lembra dele com tanta saudade! Virei mais vezes aqui, pra te dar uma forcinha, viu?

    beijosssssssss

    ResponderExcluir
  3. Oi!

    estou à dias para comentar nesse post. Ele está mantido como 'não lido' no meu reader desde a postagem, para eu

    Perder a vontade de fazer algo que causava tanta satisfação, prazer e alegria é muito triste. Voltar a fazer, traz boa parte da carga de sentimentos que tínhamos e sabemos que perdemos.
    É ruim e é bom. A satisfação não é a mesma, o entusiasmo para fazer, também nunca mais será o mesmo.
    Mas de verdade? eu torço para que você encontra uma nova satisfação e um novo entusiasmo para fazer todas essas coisas que o seu pai tanto gostava e que outras pessoas ao seu redor apreciam.

    Que a sua saudade deixe sensações doces nas suas lembranças e que o amargor delas, aos poucos, se dissolva (pq ele não deixa de existir, apenas para de incomodar).

    bjs e e abraços macios

    Lembre-se de me avisar qdo estiver por aqui. agora tenho um ateliê na Aclimação!

    ResponderExcluir